laser-uma-luz-a-favor-da-saude.png

A Fotobiomodulação, também chamada de laserterapia, tem acumulado, nas últimas décadas, evidências científicas importantes sobre os efeitos celulares e aplicações nas diversas áreas médicas e na Odontologia. Consiste na absorção da Luz pelas mitocôndrias das células presentes nos diversos tecidos, restabelecendo a saúde em doses terapêuticas. Existem estudos há mais de 30 anos e já é uma realidade em nosso dia-a-dia clínico. A falta de formação e conhecimento nesta atraente área do Laser, mostra ainda, alguns profissionais se negando a utilizá-lo, baseado em preconceitos e não em evidências científicas.

Entender qual efeito a Luz Laser causa nos diferentes tecidos biológicos nas diversas áreas da odontologia, como na periodontia, estomatologia, ortodontia, implantodontia, odontopediatria, e explorar as bases celulares e moleculares desses efeitos não se discute mais hoje. A grande questão é saber qual laser e qual a dose de energia entregar nos diferentes casos clínicos, ofertando melhores resultados e um maior cuidado à todos os pacientes.

O desenvolvimento das pesquisas dos lasers em odontologia encontrou uma importante aplicação do laser de baixa potência em pacientes submetidos à quimioterapia e/ou radioterapia de cabeça e pescoço e transplante de medula óssea, no tratamento preventivo e curativo da mucosite oral. Tem sido cada vez mais incorporada na área médica, trazendo importante melhora na qualidade de vida do paciente oncológico.

A Fotobiomodulação/Laserterapia apresenta uma série de mecanismos de ação para controle da dor, modulação do processo inflamatório e reparo, envolvendo o aumento da microcirculação local, angiogênese, vasodilatação, inibição de mediadores inflamatórios, ativação das células de defesa, efeitos antioxidantes e aceleração da cicatrização.Todos esses benefícios já são hoje uma realidade na melhora da qualidade de vida dos pacientes de todas as idades.

A grande questão é saber qual tipo de laser usar e qual dose de energia entregar para cada situação clínica a fim de favorecer os resultados e oferecer um cuidado a mais para todos os pacientes. Assim, diante de tantas evidências científicas e bons resultados clínicos e biológicos da laserterapia em cada um que busca ajuda, podemos utilizar essa tecnologia como um grande “Bem a favor da saúde”, tornando-nos melhores e únicos para os nossos pacientes.

Dra. Tatiana Franco
– Especialista em Periodontia-UFRJ e Implantodontia – UNIGRANRIO
-Mestra em Odontologia (Periodontia) – UVA/ RJ
-Habilitada em Laser – LELO-USP/CFO
-Pós-Graduada em Odontologia Oncológica – Instituto de Pesquisa Sírio
Libanês/SP
– Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Periodontia (SOBRAPE) e da
International Academy of Lasers in Dentistry (IALD)
-Diretora da INNOVARA-Odontologia Moderna

Ref.Bibl:
1- Low level laser therapy against radiation induced oral mucositis in elderly head and neck cancer patients-a randomized placebo controlled trial. J Photochem Photobiol B. 2015 Mar;144:51-6.Gautam AP, Fernandes DJ
2- The effects of lw level laser irradiation on gingival inflamation.Photomed Laser surg.2010;28(1):69-74 Pejcic A, Kojovic D, Kesic L
3-1- Systematic review of laser and other light therapy for the management of oral mucositis in cancer patients. Support Care Cancer (2013) 21:333–341


istock-467330787-1200x930.jpg

A cárie pode ser transmitida ao bebê?

A cárie dentária é uma doença multifatorial biofilme-açúcar dependente considerada um desequilíbrio conhecido como disbiose. Hoje em dia, a cárie, não é mais considerada uma doença infecciosa e transmissível. Na verdade, os hábitos de higiene e a dieta da família são incorporados na rotina da criança e estes fatores, sejam eles bons ou ruins, serão transmitidos. Por esse motivo, sabe-se que não faz sentido algum orientar mães que evitem o compartilhamento de utensílios com os bebês (testar a temperatura do alimento com a mesma colher) e que restrinjam afeto e carinho acreditando que a cárie será prevenida. O mais importante é transmitir ao bebê hábitos saudáveis, incentivar o consumo de alimentos naturais, e não fazer o uso do açúcar nos dois primeiros anos de vida, para que o seu desenvolvimento seja completo e pleno.

Então devo me preocupar o mais cedo possível em limpar a boca do bebê?

Não. Em bebês que ainda não têm dentes e que fazem uso do aleitamento materno, não há a necessidade de manusear e limpar dentro de sua boca. O uso de gaze, dedeiras, fraldas limpas e soluções líquidas para manusear a boca do bebê são desnecessários, uma vez que não há na literatura científica nenhuma evidência que suporte essa prática por parte do dentista ou do núcleo familiar.

Quando e como devo realizar a escovação dos dentes do meu bebê?

A higiene bucal deve ser realizada quando o primeiro dente do bebê irromper. O ideal é que seja realizada com a escova de dentes de cerdas macias e cabeça pequena, usando uma quantidade mínima(um grãozinho de arroz) de pasta de dentes fluoretada contendo flúor acima de 1000 ppm. Cremes dentais com menor concentração de flúor não possuem efeito preventivo nem terapêutico contra a cárie dentária.

Referências

Feldens, C.A. e Kramer, P.F. Cárie dentária na infância–Uma abordagem contemporânea. Ed. Santos. 2013.
Corrêa, M.S.N.P. Odontopediatria na primeira infância. Ed. Santos. 3ed. 2011.
Oliveira, B. H.; Santos, A. P. P.; Nadanovsky, P. Uso de dentifrícios fluoretados por pré-escolares: o que os pediatras precisam saber?  Residência Pediátrica 2012;2(2):12-9.

Equipe INNOVARAKIDS
Dra. Patrícia Tannure
Odontopediatra, Mestre e Doutora em Odontopediatria (UFRJ)
Prof. da UVA e SLM(RJ)


outrosainnovara-1200x850.jpg

julho 2, 2018 Saúde e bem-estar

Aproveitando a chegada do mês de outubro e com ele a campanha do Outubro Rosa,  que apoia  a conscientização e a luta contra o câncer de mama e o compartilhamento de informações necessárias à prevenção e ao diagnóstico precoce da doença, a Dra. Tatiana Franco, escreveu este artigo,  pensando não somente na Saúde da Mulher , mas de todo paciente diagnosticado com Câncer.

 

A cada dia, as pesquisas científicas vem demonstrando a necessidade do paciente ser  acompanhado por um dentista especializado antes, durante e após a Quimio, Radioterapia em cabeça e pescoço e Transplante de medula óssea, a  fim de se prevenir possíveis complicações e  agravos bucais, compremetendo não só, a qualidade de vida do paciente, como também o resultado do tratamento.

Os principais efeitos adversos da terapia antineoplásica na cavidade bucal são o aparecimento de lesões inflamatórias e infecciosas – mucosite oral , doença do enxerto contra o hospedeiro, candidíase oral, herpes e cáries de radiação – além de necroses ósseas como a osteonecrose e a osteorradionecrose. Alterações salivares e xerostomia também são muito prevalentes,  levando às doenças cárie e periodontal e predispondo as mucosas ao aparecimento de lesões. É muito importante que o dentista avalie a chance do desenvolvimento de xerostomia, mediante a terapia escolhida e que medidas para prevenção e controle sejam ofertadas . Segundo a Dra. Tatiana, o objetivo principal é contribuir ao máximo com o bem-estar e a qualidade de vida do paciente e com o resultado do tratamento.

A mucosite Oral é a mais prevalente lesão inflamatória nas mucosas da boca e que deve ser prevenida antes que se torne severa,  com a instituição da Fotobiomodulação (laserterapia), tratamento com comprovação científica e muito eficaz no controle do aparecimento e da severidade das lesões.

A Fotobiomodulação utiliza a Luz entregando energia  diretamente às células teciduais que sofrerão injúria durante a Quimioterapia e Radioterapia, possibilitando o controle da inflamação, dor e da reparação tecidual. As lesões ulceradas podem gerar infecções sistêmicas, dificuldade de comer, engolir e até de falar, prejudicando muito  o tratamento e a qualidade de vida do paciente.

Sendo assim, o profissional  inovador  deve integrar o atendimento interdisciplinar, discutindo com médicos e outros especialistas, qual o melhor tratamento odontológico a ser eleito antes, durante e após o tratamento do câncer, somando competências no cuidado com a saúde global do  paciente oncológico.

Ref. Bibl.

– Systematic review of basic oral care for the management of oral mucositis in cancer patients Deborah B. McGuire & Janet S. Fulton & Jumin Park & Carlton G. Brown & M. Elvira P. Correa & June Eilers & Sharon Elad & Faith Gibson & Loree K. Oberle-Edwards & Joanne Bowen & Rajesh V. Lalla & On behalf of the Mucositis Study Group of the Multinational Association of Supportive Care in Cancer/International Society of Oral Oncology (MASCC/ISOO) Support Care Cancer (2013) 21:3165–3177.

.- Lalla RV, Bowen J, Barasch A, Elting L, Epstein J, Keefe DM, et al. Mucositis Guidelines Leadership Group of the Multinational Association of Supportive Care in Cancer and International Society of Oral Oncology (MASCC/ISOO). MASCC/ISOO clinical practice guidelines for the management of mucositis secondary to cancertherapy. Cancer 2014;15;120(10):1453-61.

Dra. Tatiana Franco

-Especialista (UFRJ) e Mestranda em Periodontia(UVA)
-Especialista em Implantodontia(Unigranrio)
-Habilitada em Laser (USP-SP) e Pós-graduada em Odontologia Oncológica (Instituto de pesquisa Sírio Libanês-SP)


atleta.png

junho 26, 2018 Saúde e bem-estar

Como sabemos, todo esportista precisa levar uma vida saudável, cuidar dos hábitos alimentares e ter um bom condicionamento físico. E a saúde bucal não poderia ficar fora desse contexto, tornando-se também essencial para uma boa performance. A avaliação de um Dentista com uma visão holística, preocupado com o rendimento do atleta, deve se  fazer presente, considerando que  a prevenção e o tratamento de lesões e doenças do sistema estomatognático  podem interferir e  comprometer o desempenho físico e psicológico do esportista.

Os atletas também podem apresentar algumas alterações que prejudicam sua saúde e seu desempenho, tais como: síndrome do respirador bucal, má oclusão; periapicopatias, má higiene bucal, disfunção da articulação temporomandibular e postura, cáries, dentes inclusos, reabsorções alveolares, bolsas periodontais e raízes residuais.Quando estão presentes infecções periodontais, endodônticas e pericoronarites, o importante é diagnosticar o mais rápido possível e resolver logo o problema.

Assim, um bom atendimento odontológico multidisciplinar pode ajudar muito no rendimento dos  atletas, atuando em todas as áreas da odontologia e incluindo sempre a confecção  de protetores bucais, que devem  ser ajustados  pelo profissional especializado.

Para os atletas que praticam esporte de contato, é fundamental o uso de protetores bucais que atuam protegendo os dentes de fraturas ou avulsões e prevenindo lesões nas bochechas, língua e lábios. Para a Academia Norte-Americana de Odontologia Desportiva, o uso de protetores bucais na prática esportiva pode reduzir  em até 80% o risco de perda dentária, situação esta, considerada grave.

Diante do fato, vale a pena pensar! O atleta que visa uma melhora em seu desempenho e a preservação da sua saúde, deve incluir em sua rotina, visitas periódicas a um dentista que tenha uma visão de saúde global. Planejar o tratamento é fundamental, já que, cuidados diferenciados devem ser tomados, respeitando medicações sujeitas à  doping positivo, tabelas e calendários de treinos e competições.

O que difere um tratamento odontológico em  atleta de alto rendimento é a  velocidade,  pois os atletas mudam de clube com frequência, viajam muito e não têm tempo de comparecer às consultas, necessitando de uma equipe que agilize o tratamento nas diversas especialidades odontológicas.

Em tempos de Olimpíadas, lembremos sempre da importância de uma boa saúde bucal proporcionando Saúde e qualidade de vida a Você, atleta ou esportista amador .

Dra. Tatiana Franco
Especialista em Periodontia(UFRJ) e Implantodontia(UNIGRANRIO)
Habilitada em laser (USP-CFO) e pós-graduada em atendimento de pacientes oncológicos(Instituto de pesquisa Sírio Libanês-SP)
Mestranda em odontologia (Periodontia) – UVA/RJ
Membro efetivo da SOBRAPE e WFLD

* * * * * Fique por dentro e acompanhe nossa página no Facebook: https://www.facebook.com/innovaraodontologia/?fref=ts


gestante-1200x1200.png

junho 18, 2018 Saúde e bem-estar

Pensando na gravidez como um período único na vida da mulher e caracterizada por complexas mudanças fisiológicas, já é mais do que sabido, que essas mudanças podem afetar sua saúde bucal. O aumento brusco de hormônios femininos circulantes durante a gestação é responsável pela exacerbação da reação inflamatória gengival, que associado ao biofilme dentário – acúmulo de bactérias no dente -, é de fundamental importância para o desenvolvimento da doença periodontal.

A doença periodontal é uma das infecções bucais mais prevalentes nos seres humanos, sendo caracterizada por inflamação e sangramento gengival podendo levar à perda do dente. A prevenção da formação do biofilme dentário bacteriano depende exclusivamente da presença de hábitos adequados de higiene bucal e do acompanhamento da gestante pelo dentista durante o pré-natal.

Pesquisas recentes evidenciam a associação entre a periodontite e a saúde geral da mãe e do seu bebê, podendo gerar resultados adversos na gravidez, como parto prematuro, baixo peso ao nascimento e pré-eclâmpsia.

Diversos estudos em animais e humanos vêm contribuindo há 20 anos para o melhor entendimento da plausibilidade biológica existente e dos mecanismos envolvidos nestas associações.

Dois mecanismos tem sido propostos para o entendimento de como os microorganismos dos tecidos periodontais e seus componentes se disseminam pela placenta até o feto: a disseminação direta via circulação sanguínea e/ ou através do trato geniturinário ou indiretamente, por mediadores inflamatórios  produzidos nos tecidos periodontais, através de respostas imunes da mãe, com grande capacidade de induzir complicações na gestação, dependentes do tempo e da severidade da exposição.

Embora a literatura disponível atual não possibilite concluir efetivamente que a periodontite pode influenciar a ocorrência de complicações obstétricas, a atenção com a saúde bucal da gestante deve ser essencial durante o pré-natal.

Sendo assim, a recomendação de que as mulheres grávidas devem atentar para sua saúde bucal em relação aos cuidados de higiene, pesquisando sangramento gengival, dor ou mobilidade dentária e que o acompanhamento odontológico deve ser fundamental durante toda a gestação, deve ser motivada principalmente pelo obstetra, possibilitando cada vez mais a parceria médico-dentista.

Ref. Bibl. – Periodontitis and adverse pregnancy outcomes: consesus report of the joint EFP – AAP – Workshop on Periodontitis and Systemic Diseases, 2013.

Dra. Tatiana Franco
Especialista em Periodontia (UFRJ) e Implantodontia(UNIGRANRIO)
Mestranda em Odontologia (Periodontia)- UVA
Habilitação em Laser (USP/CFO)
Pós-graduada em Odontologia Oncológica – Instituto Sírio Libanês de Pesquisa-SP

* * * * * Fique por dentro e acompanhe nossa página no Facebook: https://www.facebook.com/innovaraodontologia/?fref=ts


post1-1.png

junho 5, 2018 Saúde e bem-estar

A Periodontite é uma doença inflamatória crônica multifatorial comum, causada por bactérias presentes no biofilme dental e caracterizada por uma severa inflamação crônica, que leva à destruição progressiva dos tecidos de suporte até a perda dos dentes. Apresenta consequências potencialmente negativas para a saúde geral. Além do biofilme dental, a susceptibilidade do hospedeiro em combinação com fatores ambientais, são os fatores etiológicos mais importantes para as doenças periodontais.

Devido a alta prevalência na população, tornou-se o maior problema de saúde pública, devendo ser dada a real importância pelas classes médica-odontológica, a fim se controlar o potencial impacto na saúde geral do paciente.

Após a realização de um workshop por renomados pesquisadores membros da European Federation of Periodontology (EFP), em 2012, que colaborou para evidenciar a associação entre a periodontite e  diversas doenças sistêmicas, foi escrito um manifesto sobre – Perio e Saúde Geral – mas aqui, falarei sobre a relação bidirecional existente entre  a Periodontite e o Diabetes tipo – 2, já muito bem estabelecida na literatura científica.

Estudos epidemiológicos mostraram que pacientes diabéticos apresentam maior risco de desenvolverem  periodontite severa, quando comparados aos não diabéticos e que a periodontite aumenta o risco de um pobre controle glicêmico em diabéticos, bem como o aumento de possíveis  complicações decorrentes da doença.

A importância do tratamento periodontal no controle metabólico de diabéticos, vem sendo demonstradoem alguns trabalhos, através da  redução de aproximadamente 0,4% na hemoglobina glicada(HbA1C) em 3 meses, com um equivalente impacto clínico, podendo seradicionado como uma segunda droga para o regime farmacológico do diabetes.

Os pacientes diabéticos devem sempre ser informados quanto ao risco de desenvolverem a doença periodontal, aumentado pelo pobre controle do diabetes. Já  os que sofrem  de doença periodontal, poderão apresentar maior dificuldade no controle metabólico e maior risco para as complicações diabéticas, como as doenças cardiovasculares e renais.

A partir dessa avaliação, os pacientes diabéticos tipo1, tipo 2 e gestacional devem receber um apurado exame periodontal como parte da manutenção do Diabetes. Mesmo que a periodontite não tenha sido diagnosticada inicialmente, revisões periódicas no periodontista devem ser recomendadas.

Aqueles que perderam dentes devem ser encorajados a uma reabilitação, a fim de se restabelecer a função mastigatória, proporcionando uma melhor da qualidade de vida e a educação para cuidados de higiene oral deve ser mantida  com prioridade.

Para crianças e adolescentes de 6-7 anos com diabetes tipo 1, é recomendado, no mínimo, uma avaliação oral anual, e devem ser avisados pelo dentista, que a sensação de boca seca e queimação podem ocorrer, além de infecções fúngicas e deficiência na cicatrização, se comparados aos não diabéticos.

A mudança na percepção da responsabilidade dos dentistas na obtenção de saúde geral dos seus pacientes juntamente com seus médicos, através de propostas multidisciplinares, devem ser aplicadas no cuidado dos pacientes diabéticos, focando sempre na melhoria da qualidade de vida.

Sendo assim, o mais importante  de tudo é, saber que, a Periodontite, pode ser prevenida muito facilmente, mas o seu desenvolvimento torna-se um severo risco para a saúde do paciente.

[Ref. Bibl.]:
Relationshipbetween diabetes and periodontal infection, Fernanda Llambés, Santiago Arias-Herrera, Raul Cafesse, July 10, 2015, Vol 6 – World Journalof Diabetes.
EFP Manifesto – Perio and General Health, nov 2012.

Dra. Tatiana Franco
Especialista em Periodontia(UFRJ) e Implantodontia(UNIGRANRIO).
Habilitada em Laserterapia (USP/CFO) e pós-graduada em odontologia para pacientes oncológicos  (Instituto Sírio Libanês de Pesquisa-SP).



maio 18, 2018 Saúde e bem-estar

As alterações no sorriso podem ser causadas por diferentes fatores como a cárie, escurecimento dental, envelhecimento, bruxismo, erosão química e má-oclusão, proporcionando desequilíbrio na estética dentofacial. Dentre os procedimentos indicados para restabelecer o resultado estético funcional está o uso de facetas.

A faceta consiste no recobrimento da face vestibular do esmalte dental por um material restaurador, fortemente unido ao elemento dentário por intermédio dos recentes avanços dos sistemas adesivos e podendo ser confeccionada pela técnica direta em resina composta ou pela técnica indireta em porcelana. A confecção de facetas diretas em resina composta apresenta vantagens, como menor custo, rapidez e facilidade de reparos. Porém, apresenta desvantagens consideráveis quando comparadas às facetas de porcelana ou laminados, como a propensão ao manchamento, perda de lisura superficial e fraturas.

Considerando as indicações individuais de cada técnica, a faceta de porcelana ou laminado tem se destacado em função de suas excelentes propriedades ópticas, durabilidade material, longevidade e previsibilidade de resultado; tendo em vista tratar-se de um material que mais se assemelha à aparência natural dos dentes. Tais propriedades e condições clínicas são obtidas pela obediência ao protocolo de diagnóstico, planejamento e confecção das peças protéticas no processo clínico intra e extrabucal e pela técnica laboratorial dispendida pelo ceramista.

Este texto foi extraído do artigo: Restabelecimento Estético Funcional com Laminados Cerâmicos.
Paula C. CARDOSO1, Leandro C. CARDOSO, Rafael A. DECURCIO, Lúcio J. E. MONTEIRO
Rev Odontol Bras Central 2011;20(52)


innovvara-piercing-lingua.jpg

maio 8, 2018 Saúde e bem-estar

A utilização de piercings vem se difundindo em todo o mundo, independente de classe social, principalmente na faixa etária dos 14 a 30 anos. Simboliza não apenas um modismo atual, como também, expressão cultural e ideológica, identificação de um grupo ou pode representar desvios psicológicos, como agressividade ou auto-mutilação.

Devido à falta de consciência dos usuários sobre as complicações dos piercings orais, nós, dentistas, podemos transmitir informações úteis e preventivas e orientá-los quanto às desvantagens de seu uso.

Diversas regiões da boca podem ser perfuradas : língua, lábios, bochechas, freio labial, freio lingual, úvula ou quaisquer combinações dos locais mencionados. Na língua, devido à alta vascularização, podem ocorrer quadros agudos e crônicos de dor, edema, hipersalivação, dificuldades na mastigação, deglutição e fonação. Em casos mais sérios, se a língua inchar demais, poderá impedir dificultar a respiração.

Além das complicações decorrentes da instalação do piercing, o seu uso pode também causar danos aos dentes e ao periodonto, tais como: sensibilidade, fraturas e desgastes dentários;  recessão e inflamação gengival nas áreas que circundam o piercing devido ao trauma mecânico; presença de uma cicatriz ou a formação de um quelóide;alergia ao material e algumas infecções sistêmicas, incluindo HIV, hepatites, tétano, sífilis, entre outras.

Os resultados obtidos em pesquisas demonstram que 100% dos usuários possuem alguma alteração tecidual na região de inserção do piercing. Essas alterações podem ser desde um simples processo inflamatório crônico inespecífico, sem maiores conseqüências aparentes, até casos de lesões consideradas cancerizáveis como a leucoplasia e a displasia epitelial.

Os piercings orais facilitam a retenção de restos alimentares, e microrganismos, propiciando o surgimento de infecções relacionadas à má higiene local. As chances de se observar tais problemas na cavidade oral aumentam com o tempo de utilização do piercing.

Sob o ponto de vista ortodôntico, o piercing está diretamente relacionado ao desenvolvimento de hábitos parafuncionais, como brincar com o piercing e pressioná-lo contra os dentes. É o principal responsável por problemas ortodônticos, o que acentua os riscos de traumatismo, fraturas dentárias, hiperatividade muscular e , dependendo da intensidade e frequência do hábito, pode alterar também o posicionamento mandibular.
Indivíduos que se encontram em tratamento ortodôntico , ou seja, estão com aparelho fixo instalado, a colocação do piercing é contra- indicada a fim de não prejudicar o tratamento, além da possibilidade de prender no aparelho e rasgar a língua.

As atenções básicas para que o piercing não prejudique a saúde bucal devem ser voltadas à mastigação, para que não se morda o piercing mesmo sem querer; à escovação  adequada, à retirada da boca a cada escovação e à utilização de cremes dentais e enxaguatórios indicados pelo dentista.As visitas de controle periódicas ao consultório são também essenciais!

Pense bem antes utilizar o piercing! Sua Saúde Bucal agradece!

Dra. Melissa Ferreira
Especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares e Ortodontia.

 

REFERÊNCIAS

LÓPEZ-JORNET, P.; CAMACHO-ALONSO, F.; PONS-FUSTER, J.
M. A Complication of Lingual Piercing: a Case Report. Oral Surg.
Oral Med. Oral Pathol. Oral Radiol. Endod., St. Louis, v. 99, n. 2,
p. 18-19, Feb. 2005.

LÓPEZ-JORNET, P. et al (2006a). Oral and Dental Complications of Intra-Oral Piercing. Journal of Adolescent Health, 39, pp. 767-769;



Resp. Técnica: Dra. Tatiana Franco
CRO RJ 21630 | EPAO 369


Av. Armando Lombardi, 1000

Bl. 01 – Sls. 216 e 217
Barra Life Medical Center
Barra da Tijuca – CEP 22640-000
Rio de Janeiro-RJ


(21) 2486 3932 | 2143 0898
(21) 99965 0372

Não aceitamos Convênios


Fique por dentro das novidades da INNOVARA e cadastre-se agora!



Site desenvolvido por Agência Vulpix

WhatsApp chat